A nova versão de Amni Soul Eco® é resultado de três anos de pesquisa e desenvolvimento
A Rhodia, empresa do Grupo Solvay, está lançando a sua primeira fibra têxtil com decomposição acelerada em ambiente marinho. A nova poliamida têxtil, que será produzida na unidade industrial da empresa no Brasil, reduzirá os impactos nos oceanos em aproximadamente 40 vezes em relação à fibra tradicional. O desenvolvimento do novo produto segue a tendência global da crescente demanda e movimentação de mercado por mais produtos têxteis sustentáveis.
Para a criação desse fio têxtil, as equipes de pesquisa e inovação da Rhodia trabalharam em um projeto que consumiu três anos. Com a inovação da fibra, os microplásticos gerados na lavagem das roupas e que chegam aos oceanos atingem 90% de decomposição em cerca de 4 anos, aproximadamente 40 vezes mais rápido que a fibra normal. O novo Amni Soul Eco® mantém ainda a sua característica original que o consagrou no mercado como a primeira poliamida de decomposição acelerada em aterros sanitários do mundo.
A partir do lançamento de Amni Soul Eco®, as fibras têxteis sustentáveis da Rhodia alcançam 30% do portfólio de produtos têxteis da empresa. A expectativa da companhia é atingir 50% em um horizonte de três anos.
No último ano, a empresa lançou o Bio Amni®, primeira fibra têxtil parcialmente de fonte renovável da América Latina, um resultado de dois anos de pesquisa e desenvolvimento, além de investimento de R$ 20 milhões.
“As marcas e nossos clientes estão buscando, cada vez mais, criar produtos que agreguem valor e que reduzam o impacto no meio ambiente. Agora Amni Soul Eco® traz uma pegada sustentável não só em seu processo de produção e no descarte, como na primeira versão, mas também minimizando o impacto durante o seu tempo de uso pelos consumidores”, explica Antônio Leite, Vice-Presidente Global de Fenol e Derivados, Solventes Oxigenados, Poliamida e Fibras do Grupo Solvay.
O setor têxtil tem três principais desafios em relação ao meio ambiente e à sustentabilidade: os recursos, o processo produtivo e o descarte. A Rhodia já conta com alternativas sustentáveis no processo produtivo, com o uso de fontes de energia mais limpas, circuitos fechados e zero emissão de efluentes para o meio ambiente em sua unidade industrial de Santo André (SP).
“A nossa busca por uma cadeia têxtil mais sustentável é contínua. Além deste lançamento, temos fomentado a cadeia com um projeto de ecodesign de uniformes para viabilizar a reciclagem pós-consumo”, completa Leite.
Sustentabilidade na Rhodia no Brasil
A Rhodia tem como objetivo avançar, cada vez mais, em termos de sustentabilidade da cadeia produtiva têxtil. Em Paulínia (SP), onde são produzidas as matérias-primas empregadas na produção de fios e fibras têxteis, a empresa já alcançou 95% de neutralização de suas emissões de CO2, graças a uma série de iniciativas e à instalação de uma unidade de abatimento de gás de efeito estufa, que elimina da atmosfera por ano um total de cinco milhões de toneladas de CO2 equivalente.
O número correspondente à retirada de circulação de uma frota anual de 1,3 milhão de veículos. A meta da empresa é alcançar 100% de neutralização de CO2 nos próximos anos, seguindo as práticas aprovadas pelo programa Solvay One Planet.
Já em Santo André (SP), base têxtil da empresa, a empresa opera suas instalações industriais por meio de sistemas de circuito fechado, em que não há desperdício de água nem emissão de efluentes para fora da fábrica. Os efluentes são tratados e recuperados em unidades especiais para essa operação. A empresa só compra água potável da rede pública para atender às necessidades dos seus empregados e colaboradores e para as atividades do refeitório da unidade.
Ao longo dos últimos anos, a Rhodia também tem adotado outras iniciativas no sentido de ampliar a sustentabilidade em Santo André. Uma delas foi a instalação de uma unidade de reciclagem química dos chamados ‘restos de produção’ de polímeros têxteis, que são recuperados e voltam para as linhas de fabricação e se tornam novos produtos. Um exemplo é Amni® Soul Cycle, o primeiro fio têxtil de poliamida funcional reciclada (pré-consumo), que a empresa lançou no final de 2019. Outra iniciativa relacionada à economia circular foi a decisão de retirar logomarcas das embalagens das bobinas e cops de fios enviados aos clientes, permitindo seu uso por mais vezes.