Startups e saúde foram os temas mais em alta nos últimos dois anos, então não é surpresa que as startups especializadas em saúde, as HealthTechs, tiveram um crescimento exponencial nos últimos dois anos. Para demonstrar o quanto profunda foi a mudança do segmento, a Associação Brasileira de Startups, entidade sem fins lucrativos que promove o ecossistema brasileiro de startups, em parceria com a Deloitte, lança o Mapeamento HealthTechs 2022.
O estudo, divulgado anualmente, detalha como está o segundo maior segmento de startups do país, que cresce de forma exponencial a cada ano. Além disso, identifica fraquezas, problemas comuns enfrentados pelos empreendedores que utilizam a tecnologia para a melhoria de processos, atendimento ao paciente e desenvolvimento da saúde no país. Das 215 startups mapeadas, 45% foram criadas entre 2019 e 2021, identificando uma forte relação entre a pandemia e o desenvolvimento de ideias disruptivas no setor para a melhora da qualidade de vida dos brasileiros.
De acordo com Luiz Othero, Diretor Executivo da Abstartups, o cenário apresentado no estudo indica que ainda há muito espaço para inovação e desenvolvimento de tecnologias disruptivas para o aprimoramento da saúde no Brasil. “Muitas startups foram criadas especificamente para as demandas da pandemia e com a melhora da situação estas soluções vão deixar de serem necessárias, mas a tecnologia desenvolvida para isso, assim como o know-how adquirido, vai permitir que sejam criadas novas respostas para outros problemas”, explica Othero.
Ainda de acordo com a Abstartups, mais de 32% de todas as startups do país estão concentradas no Estado de São Paulo e o cenário não é diferente quando se trata das HealthTechs: 34% das 215 startups mapeadas estão no estado de São Paulo e 22% estão na capital paulista, indicando que apesar dos esforços para expandir o ecossistema ainda há um longo caminho a ser percorrido e mapeamentos como este são essenciais para que sejam notados pontos de melhoria.
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