A Layers Education avaliou o período de novembro e fevereiro em sua base de escolas privadas, que também considerou artigos didáticos como livros e apostilas
Com o retorno às aulas presenciais do ensino básico no Brasil, a compra de materiais didáticos e escolares on-line pelos pais e responsáveis desde novembro registrou uma transação de R$ 78 milhões. Isto segundo o levantamento inédito da Layers Education, startup que unifica aplicativos de gestão escolar e disponibiliza um e-commerce em sua plataforma. Em 2021, o valor transacionado foi de R$ 33,4 milhões.
No e-commerce da Layers, o tíquete médio de gastos passou de R$ 979,82 em 2020 para R$ 1.219,27 em 2021. De acordo o CEO da edtech, Danilo Yoneshige, a suspensão de viagens e de atividades de lazer na pandemia pode explicar este fenômeno, pois os pais e responsáveis destinaram as economias para investimento na educação dos estudantes.
Outra razão para o aumento nas despesas no período é a alta da inflação que impactou o segmento de materiais escolares. A estimativa é que os produtos estejam 15% a 30% mais caros, segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE).
Ter a comodidade de fazer compras on-line é uma tendência crescente na pandemia. Em 2021, a modalidade atingiu R$ 260 bilhões, o equivalente a R$ 160 bilhões a mais em relação a 2019, conforme indicam os dados da gestora Canuma Capital.