Por Rafael Cervone*
Em abril, o parque industrial sob a jurisdição da Diretoria Regional do CIESP de Santo André apresentou saldo positivo de 30 empregos formais, significando aumento de 0,06% em relação ao mês anterior. As fábricas da região, no encerramento do período, empregavam 50.919 pessoas.
É o que demonstrou estudo do CIESP e da FIESP, com base em estatísticas do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). No Brasil, o saldo líquido de vagas formais em abril foi de 196.966. Deste total, a indústria de transformação colaborou com 22,5 mil postos de trabalho. No quadrimestre, o País acumula 770,5 mil. São Paulo foi a unidade federativa que mais contribuiu para o resultado no mês, com 53,8 mil empregos, sendo 11,8 mil no parque fabril. O saldo positivo paulista acumulado no ano é de 218,2 mil.
Os dados referentes à manufatura paulista e nacional reforçam a relevância do setor, bem como a necessidade de seu fortalecimento e de um ganho exponencial de sua competitividade, para que possamos criar cada vez mais empregos, oferecer amplas oportunidades de inclusão socioeconômica e proporcionar vida de melhor qualidade aos brasileiros. Por isso, temos defendido vigorosamente uma política industrial com planejamento e previsibilidade, ancorada por pesquisa e desenvolvimento e que abranja linhas especiais de crédito, incentivos regionais à produção e sistema tributário indutor de investimentos.
Neste momento em que estamos superando a pandemia, o cenário ainda é instável. Mais do que nunca, como já estão fazendo numerosas nações, o Brasil precisa reposicionar a indústria como protagonista da retomada mais vigorosa do crescimento econômico. Os números referentes aos empregos gerados pelo setor na região, no Estado e no País mostram o quanto o chão de fábrica é capaz de enfrentar e vencer esse desafio.
*Rafael Cervone, engenheiro e empresário, é o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).