Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC busca estabelecer dialogo com prefeitos da região para incentivar revitalização
Construtores, arquitetos e urbanistas seguem na busca de apoio para a criação de uma legislação no ABC que permita o retrofit, modelo de revitalização de construções antigas para melhora e modernização . No RDtv desta segunda-feira (31), o presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC (Acigabc) e representante do Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Administração de Imóveis (Secovi), Milton Bigucci Júnior, e o arquiteto e gestor do curso de Arquitetura e Urbanismo da USCS Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), Ênio Moro, debateram sobre o tema e iniciaram a articulação para emplacar tal projeto.
Há alguns anos a Acigabc busca conversas com prefeitos e vereadores para emplacar uma série de leis que possam autorizar esse tipo de construção, principalmente para dar um destino melhor para locais que estão abandonados que poderiam ser usados tanto pelo Poder Público quanto pelo privado para habitação, escritórios, além da cultura e lazer.
“Infelizmente nós não temos uma legislação nas principais cidades do ABC, esse é o problema. Primeiro temos que ter uma legislação para o retrofit e depois incentivar o retrofit. A nossa vizinha, a Capital, fez um trabalho bacana para isso. Claro que precisa de melhoras, mas tem um trabalho importante em relação ao retrofit e agora está colhendo os resultados. No ano passado a Prefeitura soltou uma lei para incentivar o retrofit“, disse Milton.
“Uma boa parte do movimento imobiliários europeu se fortalecer muito com a questão do retrofit. De repente pegar um edifício de escritórios e transformá-lo em habitação é uma possibilidade maravilhosa para os arquitetos e engenheiros. É um grande exercício, além de ser mais econômico, mais sustentável e você vai melhorando as cidades a partir dos edifícios que já existem”, completou Moro.
Ambos consideram que o ABC tem capacidade de conseguir uma legislação mais avançada do que a Capital e por consequência conseguir virar vanguarda neste tipo de modelo de construção.
Em alguns momentos houve a busca do Poder Público para tratar sobre o tema, principalmente levando em conta a experiência da Capital e a melhora da mão de obra no ABC, o que aumenta o potencial do retrofit, principalmente para cidades como Santo André, São Bernardo e São Caetano.
Outro ponto considerado como fundamental para essa nova aposta é o aumento da busca de imóveis no ABC com o advento do home office e a intenção de morar em locais mais baratos do que a Capital. Segundo pesquisa da Rede Nossa São Paulo, divulgada em 22 de janeiro, 64% dos entrevistados que moram em terras paulistanas deixaram o município se pudessem.