Segundo pesquisa feita pela CreciSP, imóveis mais vendido na região custam até R$ 300 mil e compradores preferiram apartamentos a casas com dois dormitórios
Casas e apartamentos com aluguéis médios de até R$ 1.750,00 concentraram 52,62% das locações contratadas em dezembro em Santo André e em outras cinco cidades dessa fração da região metropolitana de São Paulo. A região só é superada em preço por outras duas das 18 em que o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP) realiza pesquisas mensais.
No último mês do ano, o volume de locações caiu 23,32% em comparação com novembro na região de Santo André, mês em que já havia recuado 12,39% frente a Outubro. O CreciSP começou as pesquisas locais nesse último mês.
Nas regiões lideradas por Jundiaí e Santos, imóveis com aluguéis nas faixas de até R$ 2.000,00 representaram a maioria das locações, com participação de 65,21% no total de contratos formalizados em Jundiaí e 53,14% em Santos. No outro extremo, 66,67% dos aluguéis contratados em Araçatuba se enquadram nas faixas de preços até R$ 750,00
Segundos o presidente do CreciSP, José Augusto Viana Neto, esses dados podem significar que na região de Santo André pode haver um exclusão de famílias de menor
renda desse mercado imobiliário. “A perda de poder aquisitivo causada pela inflação e reajustes salariais inferiores a ela impedem ou dificultam o acesso ao aluguel e isso fica evidente nas pesquisas”, acrescenta.
Imóveis mais simples e com aluguel mais barato, geralmente na periferia dessas cidades, tiveram participação menor no total de contratos formalizados pelas 164 imobiliárias e corretores das seis cidades da região de Santo André que responderam à pesquisa do CreciSP em dezembro.
A pesquisa não registrou locação de imóveis na região com aluguel de até R$ 500,00. Casas e apartamentos com aluguel mensal entre R$501,00 e R$ 750,00 representaram apenas 5,26% das novas locações, mesmo percentual dos aluguéis de imóveis nas faixas de R$ 751,00 a R$ 1.000,00.
Casas são preferência
A pesquisa CreciSP feita com 164 imobiliárias e corretores apurou que foram alugados em durnate o ultimo mês de 2021 mais casas (84,62%) que apartamentos (15,38%) na região que compreende as cidades de Santo André, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.
Esses imóveis se distribuem por bairros de periferia (61,11%), centrais (22,22%) e de áreas nobres (16,67%). O padrão construtivo de 52% é médio, de 40% é standard e de 8% é luxo.
A maioria das casas que foram alugadas tem três dormitórios (40%), sendo as demais de dois (33,33%) e de quatro ou um dormitório (13,33% cada). Elas têm área útil variando de 101 a 200 metros quadrados (46,67%), de 51 a 100 m2 (33,33%), de 201 a 300 m2 (6,67%) e com até 50 m2 (13,33%). Têm duas vagas de garagem 40%, uma vaga 33,33%, três vagas 6,67% e nenhuma vaga, 20%.
Os apartamentos mais alugados foram os de dois dormitórios (75%) e três (25%). A pesquisa CreciSP também constatou que 50% desses imóveis têm até 50 metros quadrados de área útil e 50% até 50 m2. Dispõem de uma vaga de garagem 75% e de duas, 25%.
Imóveis de até R$ 300 mil são os mais vendidos na região
Imóveis com preço final de até R$ 300 mil foram os mais vendidos em Santo André e em outras cinco cidades da região em dezembro, mês em que a pesquisa CreciSP registrou queda de 2,18% em relação a Novembro.
Com 52,77% das vendas enquadradas nesses faixas de preços, a região se equipara a outras cinco com esse mesmo perfil – Guarulhos, Osasco,Campinas, Santos e Franca. Em sete regiões predominaram nas vendas as faixas de preços de até R$ 200 mil e em cinco, as de até R$ 400 mil.
Quem comprou imóveis na região de Santo André o fez por meio de empréstimo bancário (60,78% do total), por crédito de consórcios imobiliários (3,92%), com pagamento parcelado diretamente aos proprietários (17,65%) ou com pagamento à vista (17,65%).
As 164 imobiliárias e corretores consultados informaram que 46,67% dos imóveis vendidos estão em bairros de periferia (46,67%), 23,33% em regiões nobres e 30% em áreas centrais. O padrão construtivo médio é o da maioria (55,56%), e têm perfil mais simples, standard, 33,33%, sendo 11,11% do padrão luxo.
Das casas vendidas, 61,54% têm dois dormitórios, 30,77% têm três e 7,69% têm quatro dormitórios. Elas têm área útil média variando de 51 a 100 metros quadrados (53,85%), de 101 a 200 m2 (23,08%), de 201 a 300 m2 (15,38%) e de mais de 500 m2 (7,69%). A maioria dispõe de duas vagas de garagem (46,15%).
Apartamentos com dois dormitórios somaram 65,22% das unidades vendidas e os com três, 34,78% do total. Também são maioria os apartamentos com área útil de até 50 metros quadrados (52,17%), medindo os restantes de 51 a 100 m2 (30,43%), de 101 a 200 m2 (13,04%) e de 301 a 400 m2 (4,35%).
Os que têm uma vaga de garagem somaram 77,27% do total, os com duas vagas, 18,18%, e os com três vagas, 4,55%.