Os lojistas estão se preparando para uma das datas mais importantes para o varejo: o Dia das Mães, que fica em segundo lugar em faturamento depois do Natal. Um levantamento realizado nas principais cidades do ABC, pelo CIM _ Centro de Inteligência de Mercado da Strong Business School em parceria com a ACISA , Associação Comercial e Industrial de Santo André, revela que cerca de 70% dos consumidores planejam realizar pelo menos uma compra durante o período, considerando o tamanho da população do Grande ABC, de 2,69 milhões de habitantes, segundo o Censo de 2022, e aproximadamente 770 mil famílias, é possível realizar algumas inferências.
Segundo o professor Sandro Maskio, que analisou os dados da amostra, a principal delas refere-se ao volume de recursos monetários que deverá ser movimentado com a aquisição de presente. Este montante deverá somar R$ 143,3 milhões no Grande ABC
Em Santo André, partindo do mesmo princípio de inferência, o Dia das Mães deverá computar um montante de R$ 35,4 milhões em dispêndio dos consumidores, o que deverá gerar um movimento financeiro significativo no comércio e serviços na região.
Sobre a pesquisa, a distribuição dos entrevistados entre os gêneros declarados se revelou equilibrada, com 48,8% de consumidoras e 51,2% de consumidores.
Com relação à renda familiar declarada, 48,1% dos entrevistados declararam renda familiar entre 2 e 5 Salários Mínimos. Outros 25,9% entre 5 e 10 Salários Mínimos, perfazendo um total de aproximadamente 75% do público.
Do total de entrevistados, 41,5% são residentes de Santo André. A maior intensidade de moradores no município de Santo André está diretamente atrelada ao esforço da ACISA em obter e divulgar informações pertinentes ao mercado consumidor ao setor varejista, em especial.
As mães ocuparam o posto principal entre os pesquisados, sendo lembradas por 51,2% dos consumidores, seguidas e a sogra 13.9% e, na sequência, as esposas 10% e avós com 10%.
Entre os itens preferidos para presentear as mães estão os vestuários, que inclui peças de vestuário, acessórios, calçados com 25,1% seguido dos perfumes e cosméticos com 23,4%, das flores 11,8%, joia e bijuteria 9,2%, cestas de café / doces 5,3%, livros 3,6%
Itens de maior valor, como celulares, aparelhos eletrônicos e viagens, terão menor participação no conjunto de itens preferidos. Já itens de cozinha continuam configurando na lista de presentes com 2,7% de intenção de compra, acima de eletrodomésticos que ficou em 1,8% da escolha dos entrevistados. Cerca de 8% de consumidores ainda não haviam definido o que comprar até o fechamento da pesquisa.
Os itens de maior valor enfrentam tradicionalmente a restrição de renda, ainda mais em um cenário em que os preços se revelaram importante determinante na escolha do presente.
Enquanto 47,9% dos consumidores revelaram que planejam gastar o mesmo valor por presente em relação ao ano passado, outros 43,8% revelaram que estão dispostos a pagar um preço médio mais elevado neste ano de 2024.
Os consumidores revelaram disposição a pagar um preço médio de R$ 185,40, por presente neste dia das mães. Aproximadamente 47% revelaram estarem disposto a pagar até R$ 150 por presente, e outros 30% dos consumidores um preço médio entre R$ 151 e R$ 200. Como era de se esperar, uma frequência menor de consumidores, 3% revelou disposição a pagar preços médios acima de R$ 501. Com relação ao gasto total planejado com a compra de presentes, os entrevistados revelaram estar disposto a gastar um montante médio de R$ 286.
Pouco mais de 25% deverão gastar até R$ 100. Outro 30% aproximadamente deverão gastar entre R$ 201 e R$ 200. Uma proporção maior de, de pouco mais de 35% deverão gastar entre R$200 e R$ 500 com a compra de presentes.
Do outro lado os consumidores que declararam que deverão realizar o pagamento em dinheiro, estão dispostos a pagar um preço médio menor de apenas R$114, e um gasto médio de R$225. O que demostra o efeito dos mecanismos de crédito (parcelamento) sobre o dispêndio do consumidor.
Entretanto, apenas 15,2% dos consumidores revelaram que deverão realizar as compras via cartão de crédito parcelado. O professor Maskio fala que um dos fatores que explica, o elevado grau nesta opção, é o endividamento das famílias, inclusive na região, a lentidão na recuperação do poder de compra da remuneração média dos trabalhadores, e o elevado custo dos mecanismos de crédito no Brasil especialmente do cartão de crédito. Contudo, oferecer opções de parcelamento do pagamento ao cliente se mostra uma importante estratégia para ampliar o volume e o preço médio das vendas.
Os pagamentos com cartão de débito e de crédito a vista deverão responder por pouco mais de 55% das vendas. Na outra ponta, pouco menos de 9% deverão utilizar dinheiro.
A maior parte dos consumidores deverá realizar a compra no Shopping 35%, seguido da internet e plataformas digitais 29% e comércio no centro da cidade 22%. Fatores como comodidade, variedade, segurança, entre outros, influenciam de maneira determinante as preferências dos consumidores no quesito local de compra.
Os consumidores que revelaram preferência por comprar no shopping são os que deverão realizar maior dispêndio com a compra de presentes para o Dia das Mães, ficando consideravelmente acima da média geral observada.
O Dia das Mães, além de ser a segunda melhor data do ano para a movimentação do varejo em função da compra de presentes, também é marcado pela realização do almoço, em geral em família.
Para quase 50% dos entrevistados, o almoço do Dia das Mães será realizado na própria casa. Para outros 35%, o almoço será realizado na casa de parentes e amigos, e cerca de 15% planeja almoçar no restaurante.
A grande maioria dos entrevistados revelou que deverá gastar com o almoço o mesmo que no ano passado. Para aproximadamente 20% os gastos serão maiores.
O gasto médio planejado com o almoço do Dia das Mães revelado pelos entrevistados será de R$ 344,00. Contudo, destaca-se que para 30% o gasto planejado deverá ficar entre R$301 e R$500. Outros 50% deverão gastar entre R$ 100 e R$ 300 com o almoço.