Total de café exportado atinge 40,37 milhões de sacas de 60kg e receita cambial tem um total de US$6, 24 bi
No ano de 2021, as exportações dos cafés do Brasil realizadas para 122 países totalizaram um volume físico equivalente a 40,37 milhões de sacas de 60kg, tendo preço médio unitário da saca a US$ 154,63 e receita cambial anual total de US$ 6,24 bilhões. Comparado ao ano anterior, tal performance representa uma queda de 9,7% no volume físico exportado e, em contrapartida, um acréscimo de 10,3% na receita cambial obtida.
Há vários anos, o maior importador dos cafés brasileiros continua sendo o Estados Unidos, país que adquiriu 7,78 milhões de sacas, volume que representou em torno de 19,3% do total exportado em 2021, mas essa performance ainda assim foi 4,4% inferior ao total comprado por esse país no ano anterior. Neste contexto, se for estabelecido um ranking dos cinco países que mais importaram cafés do Brasil, na sequência se tem destaque para Alemanha, com 6,53 milhões de sacas importadas, número que equivale a 16,2% das vendas totais ao exterior e, também, implica redução mais expressiva de 14,4% do total adquirido por esse país em 2020.
Na terceira posição desse ranking destacou-se a Itália, com a compra de 2,94 milhões de sacas, o que também implicou redução no volume físico de 2,5%, em relação à mesma base comparativa em foco. Na quarta posição, a Bélgica se destacou com a aquisição de 2,83 milhões de sacas, mas que também teve uma queda bastante expressiva de 24,6% em relação ao ano anterior. E, por fim, o Japão, que promoveu a importação de 2,50 milhões de sacas de 60kg dos cafés brasileiros, cuja performance, diferentemente dos outros países a sua frente, representou um aumento de 4,2%, se comparado com 2020.
Conforme registrado pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) em seu Relatório mensal de exportações, a Colômbia, terceiro maior produtor de café em nível mundial, logo após do Brasil e do Vietnã, ganha destaque graças ao fato de dela ter importado do nosso País em 2021 volume físico equivalente a 1,15 milhão de sacas de 60kg, número que representou um crescimento bastante expressivo de 33,4% na comparação com o ano anterior.
Para o Cecafé, o volume físico total dos cafés do Brasil exportados em 2021 de 40,37 milhões de sacas de 60kg, representa o terceiro maior das exportações brasileiras. E, em relação à receita cambial obtida, de US$ 6,24 bilhões, trata-se da maior nos últimos sete anos, fato que pode ser atribuído principalmente aos preços mais elevados do café no mercado em nível mundial, e obviamente, ao câmbio que se tem mantido favorável às exportações brasileiras de um modo geral.
Com relação aos tipos dos cafés do Brasil exportados no ano em destaque, o café arábica foi o mais exportado nesse ano, com a venda de 32,65 milhões de sacas de 60kg ao exterior, desempenho que correspondeu a 80,9% do total exportado em 2021. Em complemento, o segmento do café solúvel exportou o correspondente a 4,03 milhões de sacas de 60kg, o que representa aproximadamente 10% do total exportado. Na sequência, vêm a variedade de café canéfora (robusta + conilon), com 3,64 milhões de sacas (9%), e o café torrado e moído, com 45.766 sacas (0,1%).
Neste contexto, merece também destaque os cafés diferenciados brasileiros, que são os que possuem qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis, que representaram 19% das exportações totais brasileiras do produto de janeiro a dezembro de 2021, com a venda de 7,67 milhões de sacas ao exterior. Tal desempenho do volume físico dos cafés diferenciados, representa uma redução de 2,7% nas exportações, caso seja comparado com as 7,87 milhões de sacas vendidas pelo Brasil ao exterior em 2020. E, por fim, o preço médio desse produto diferenciado foi de US$ 207,53 por saca, proporcionando assim uma receita cambial ao País de US$ 1,59 bilhão em 2021, o que corresponde a 25,5% do total geral obtido com as exportações dos cafés do Brasil.