Dirigente comanda a entidade nos próximos cinco anos, de 2022 a 2027
Beto Moreira foi reeleito presidente do Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC (Sehal) para o próximo mandato, de 2022 a 2027. A eleição ocorreu por meio de chapa única na segunda-feira (9), na sede do Sindicato patronal, em Santo André. Participaram do pleito os empresários associados, donos de estabelecimentos do setor na região e integrantes da diretoria.
O dirigente conquistou a reeleição em duas disputas, desde que assumiu a presidência do Sehal (2013/2017 e 2017/2022). E demonstrou otimismo em relação ao novo mandato.
“Estou feliz e satisfeito em estar novamente à frente desse sindicato, que é um dos mais atuantes no Estado. Agradeço a confiança e a oportunidade para enfrentar o desafio da gestão no próximo período, juntamente com toda equipe que foi eleita. E, sendo assim, dar continuidade a projetos em benefício e desenvolvimento da categoria, especialmente pequenos estabelecimentos que são geradores de mão de obra, além de consolidar os que ficaram congelados pela crise. E, além de tudo, ampliar e fortalecer o sindicato”, afirma.
A Chapa União, encabeçada por Beto, foi a única inscrita para concorrer à eleição. A diretoria executiva é formada pelo secretário Carlos Alberto da Silva Miranda (Brasa Bar) e pelo tesoureiro, Cesar Ricardo dos Santos Ferreira (Restaurante Canoa Quebrada). Também foram eleitos e compõem a diretoria, conselheiros fiscais (suplentes e efetivos) e delegados federativos (suplentes e efetivos).
A cerimônia de posse da nova diretoria será realizada dia 23 de setembro, data que termina efetivamente o atual mandato, conforme o estatuto.
Persistência e criatividade
Beto Moreira lembrou a sua trajetória à frente do Sehal, o único representante legal da categoria, que tem cerca de 23 mil estabelecimentos na região.
“A duras penas, na atual gestão, conseguimos avançar. Enfrentamos duas grandes dificuldades, primeiro a Reforma Trabalhista, em vigor desde 2017, que derrubou o nosso orçamento por causa da cobrança sindical que passou a ser optativa. Elaboramos um planejamento, usamos a criatividade e implementamos o Repis (Regime Especial de Piso Salarial), que começou a trazer recursos para o sindicato. Só que logo depois veio a pandemia, que afetou gravemente todo o setor. Fomos à luta para defender e apoiar toda a categoria. Impetramos 10 ações contra as prefeituras municipais da Região e governo do Estado para permitir o funcionamento e estender o horário de bares e restaurantes que ficaram fechados por longo período, entre outras medidas. E sem contar todas as negociações coletivas que realizamos e que regem os direitos trabalhistas entre empregadores e empregados de toda a Região”, lembra.
Contudo, a falta de recursos foi o grande desafio da gestão de Beto Moreira. “Quando você tem condições é fácil criar, desenvolver e fazer grandes projetos”, conclui.
Novidade
Para a gestão dos próximos cinco anos, portanto, Beto aposta em um formato diferente na composição da diretoria. Será implementado o “Conselhão”. Trata-se da formação de conselhos consultivos que terão representatividade nas cidades da região e específicos por categoria. Ou seja, as atividades econômicas como restaurantes, bares, buffets, estabelecimentos de hospedagem e churrascarias serão representados por empresários, donos de estabelecimentos a fim.
O objetivo da iniciativa é aproximar as demandas específicas da diretoria executiva. “Tivemos essa experiência com os buffets, que foram prejudicados sobremaneira na pandemia. As outras atividades conseguiram abrir parcialmente. Mas, os buffets eram pegos de surpresa a cada medida editada pelo governo do Estado. As festas e celebrações como casamentos tinham que ser desmarcadas de um dia para o outro. Era um absurdo”, lembrou Beto.
O advogado do Sehal, João Manoel Pinto Neto, explicou que até a posse da diretoria eleita, em setembro, será implementado um Regimento Interno, que terá normas e organização para a sua devida atuação. “Não pode haver choque com a diretoria executiva, que é quem comanda o dia a dia do sindicato, enquanto que o conselho será a voz e as demandas específicas das atividades econômicas. “A chegada de novas ideias é saudável e mais produtiva e oxigena o sindicato e, consequentemente, a categoria”, explica João Manoel.