Por Umberto Tedeschi*
Não há dúvidas de que o maior objetivo de toda empresa é ter lucratividade e crescer. Mas muitas simplesmente têm dificuldades de identificar o que não está certo e precisa ser melhorado: Pessoas? Processos? Reposicionamento de produtos e serviços para ganhar competitividade no mercado? As razões podem ser muitas.
Planejamento estratégico serve como uma bússola, um GPS. Com ele, a empresa sabe onde precisa ir e qual o objetivo, mas é preciso calcular e traçar qual a melhor rota para chegar no destino final.
A questão é que, na correria do dia a dia, não há tempo para pensar de uma maneira mais estratégica, colocando um mapa no colo e descobrindo quais são as ruas, avenidas e estradas a serem percorridas.
O resultado? Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), menos de 40% das empresas criadas no Brasil conseguem sobreviver após cinco anos de atividades. E, apenas em 2021, cresceu em 22,9% o número de negócios que fecharam as portas.
A saída mais acertada, sem dúvidas, é contar com ajuda especializada. Como o Waze ou o Google Maps, que indicam a melhor maneira de se deslocar e corrigem a rota caso for necessário.
No caso de traçar o planejamento estratégico da empresa, o papel desses aplicativos será desempenhado pela controladoria e pelo controller.
A função da controladoria é trazer uma nova visão da organização, como também da sua gestão. Auxilia nas tomadas de decisões, aperfeiçoando-as, expandindo as informações com relevância e confiabilidade.
Sua atuação inclui todos os processos das operações de negócios, coletando informações e comunicando-as aos gestores. E, ao contrário do que muitos pensam, o papel da controladoria não se limita no direcionamento de processos financeiros e contábeis. Ele se amplia e auxilia a alta administração no que for necessário para o crescimento do negócio.
E a figura que coloca todas essas funções em prática é o controller. Trabalho realizado por um ou mais profissionais, eles precisam ter uma compreensão profunda dos princípios, conceitos e habilidades práticas de contabilidade gerencial. Devem estar familiarizados com os processos, controle de custos e gerenciamento de fluxos de receita.
Sua atuação também está ligada à administração. Com os dados captados em todas as áreas, os analisam e transformam em insights que auxiliam a administração a entender melhor a rentabilidade da empresa.
A experiência desse profissional também precisa incluir um grande conhecimento de mercado, ambientes externos e do produto, e/ou serviço. É o controller quem lidera e desenha a construção do planejamento estratégico da empresa. Ele está em contato direto com todos os gestores, captando expectativas e analisando cenários.
Aliás, os processos feitos por esse profissional e o planejamento são intrínsecos. Não se pode falar em controle sem que se tenha um planejamento que pesquise tudo o que acontece em uma perspectiva organizacional.
E, após a aprovação desse plano estratégico pelos executivos responsáveis, é o controller quem vai auxiliar no cumprimento tanto das ações táticas como das metas traçadas. Se alguma decisão não se revelar efetiva ou os resultados não forem satisfatórios, faz parte da sua função também ‘corrigir a rota’, pensando em novas maneiras para que o crescimento atual e futuro da empresa seja assegurado.
Viu como a controladoria, o controller e o planejamento estratégico, juntos, têm uma participação fundamental no futuro de uma empresa?
As organizações que escolhem incorporar esses processos na gestão têm inúmeros benefícios. Em primeiro lugar, a avaliação de seus resultados econômicos para que sejam atingidos os objetivos, como também assegurar sua continuidade no mercado. Querem conversar mais a respeito.
*Umberto Tedeschi é CEO da Abile Consulting Group, embaixador da Leader X e chairman of the board da Agência Brasileira de Inovação e Desenvolvimento Sustentável (Abids). Mais informações no linkedin