Dados cadastrais do Sehal indicam a implantação de 1,1 mil novos negócios neste ano, sendo a maioria de micro negócios
O ano começou com informações positivas para o setor de alimentação no ABC começou este ano com dados positivos. Dados cadastrais do Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC (Sehal) indicam o crescimento de 120% no número de novos negócios entre novembro de 2021 a fevereiro de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 500 registros.
O volume é considerado expressivo, apesar da base de comparação ser fraca em função da pandemia. O presidente do Sehal, Beto Moreira, disse, portanto, que há fatores que explicam esse desempenho. “Primeiro é que a grande maioria é formada por microempreendedores individuais (MEIs), são profissionais ou pessoas que ficaram sem emprego e partiram para a formalização. Muitos que tinham uma produção em casa decidiram investir no negócio. Outro fato é que as pessoas tiveram que se reinventar na pandemia para ter uma renda e começaram a fazer e entregar comida pronta ou fornecer itens para festas”, comenta.
Mas, além disso, há outras razões. “Isso é um fenômeno regional. Temos aqui um mercado atrativo, especialmente no nosso segmento, e que chama a atenção das empresas, que se interessam e vêm investir aqui. Então não é um crescimento apenas por necessidade, mas ampliação de novas marcas ou das já reconhecidas”, acrescenta.
Bons resultados
A Konkai Sushi, franquia especializada em culinária japonesa, é um exemplo de expansão. A loja mais recente foi aberta dia 5 de fevereiro, na Vila Nogueira, em Diadema. A unidade é a oitava da rede, sendo que quatro estão instaladas no ABC. sendo duas em São Bernardo do Campo e uma em Mauá. As outras quatro estão em São Paulo.
De acordo com o gerente geral da rede, Júlio Cesar Sousa, a empresa enxergou uma oportunidade e notou que havia mercado para a expansão de rodízio de comida japonesa em Diadema. “Escolhemos esse momento, e em especial Diadema, porque temos boas expectativas. Esperamos, em um ano, atingir a capacidade máxima do restaurante. Acreditamos na demanda da região e notamos que aqui na Vila Nogueira havia condições para implantação, seguindo os critérios da franquia”, argumentou.
Porém, o presidente do sindicato reconhece, entretanto, que os números de crescimento no setor são bastante expressivos por conta da base de comparação ser muito fraca. E que o setor de bares e restaurantes foi duramente atingido pela crise. Em 2020, os estabelecimentos foram obrigados a fechar as portas, trabalhando a maior parte do tempo apenas com retiradas e delivery. “Os que sobreviveram sentiram o início da recuperação quando as medidas restritivas começaram a diminuir e o consumidor voltou a frequentar os estabelecimentos. Esperamos ainda uma retomada mais consistente”, afirma.