Braskem desenvolve óleo combustível para aumentar a flexibilidade energética

Companhia estima reduzir emissão de CO2 no polo do ABC em cerca de 10 quilotoneladas até o final 2022

Preocupada com a equalização do balanço energético do projeto Vesta e pautada nas atualizações tecnológicas do Polo Petroquímico do ABC Paulista, a Braskem desenvolveu o Óleo C10+. A solução, produzida entre as equipes da área Industrial e de Desenvolvimento de Combustíveis, tem como objetivo encontrar alternativas para o excedente de energia e reduzir a emissão de dióxido de carbono (CO2) na unidade.

Estudos iniciais apontaram que a implementação do Vesta, um projeto de modernização do sistema elétrico realizado em parceria com o Siemens para melhoria da eficiência energética no Polo do ABC, que contou com investimento de R$ 600 milhões, traria um excedente de 3kt (quilotoneladas) por mês de Unileve (combustível líquido gerado por co-produtos e utilizado para queima nas caldeiras da unidade da Braskem em Santo André), que é composto por diversas correntes com propriedades químicas diferentes, não atendendo à regulamentação de óleos combustíveis e tornando-se um desafio para a companhia.

Com isso, a melhor alternativa seria a segregação do C10+, uma das correntes que compõe 70% do Unileve, e a partir disso foi estruturado um plano para garantir a qualidade e viabilizar estocagem com a adequação de um tanque para receber o novo produto e construção de novas linhas para proporcionar o carregamento seguro de carretas.

Engenheiro de produção do núcleo de Aromáticos da Braskem, Rafael Monteiro, afirma que o processo traz mais liberdade à empresa. “Com a destinação da principal corrente que compõe o Unileve, a nossa unidade passa a ter maior flexibilidade energética e autonomia para gerir questões relacionadas ao balanço dos combustíveis líquidos”. 

O Responsável pela área de Desenvolvimento de Combustíveis, Tadeu Demboski, complementa relatando que a área comercial da empresa expandiu seu portfólio de produtos. “Isso entra como mais uma solução para o mercado de energia”, diz Demboski.

Outro ganho importante, que vai ao encontro dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Braskem, é que ao deixar de queimar o Unileve na planta industrial, a companhia estima redução de cerca de 10kt (quilotoneladas) da emissão de CO2 até o final de 2022.

14 de fevereiro de 2022